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28/07/2025
POLO DE MÚSICA DA FUNDEC INSPIRA MULHER DE 83 ANOS A VOLTAR A ESTUDARO Polo de Música Jornalista Ricardo Eugênio Boechat, da Fundec, localizado no bairro Doutor Laureano, em Duque de Caxias, é mais do que um espaço para aulas de canto e instrumentos: é um local transformador de histórias. Prova disso é a trajetória inspiradora de dona Isabel Íris Rocha de Paula, de 83 anos, que decidiu, com entusiasmo e determinação, retomar os estudos musicais para aperfeiçoar a técnica vocal que a acompanhou por toda a vida.
Moradora do bairro Senhor do Bonfim, dona Íris chegou a Duque de Caxias em 1955 e viu de perto a evolução da cidade, que hoje se destaca pelas melhorias em áreas essenciais, como saúde e educação. Viúva muito jovem, ela criou sozinha os três filhos, sempre prezando por oferecer a eles uma formação de qualidade. Em meio aos desafios, encontrou na música uma aliada e, mais tarde, uma profissão.
A trajetória de dona Íris nos palcos inclui participações em programas de auditório na televisão como caloura, apresentações com o grupo Forró Forrado, e uma longa temporada na Gafieira Estudantina, na Praça Tiradentes. Com ousadia e talento, cruzou caminhos com ícones da música brasileira como Cartola, Beto Sem Braço e Nelson Cavaquinho. Foi o próprio Cartola quem a incentivou a tirar a carteira da Ordem dos Músicos, honra que ela retribui iniciando seus shows com composições do mestre do samba.
Mesmo com toda essa bagagem, foi no Polo de Música da Fundec que ela viu sua arte ganhar nova vida. Com o professor Robson Lemos, aprendeu técnicas de respiração, leitura de partitura e sustentação vocal, o que fez toda a diferença em seu desempenho. “Quando eu cantava na noite, havia cinco cantores se revezando em cinco horas de música. A gente não cantava uma hora direto, mas sentia cansaço. Aqui no Polo, aprendi a técnica certa para não me cansar mais. Hoje canto o que quiser, da valsa ao chorinho”, afirmou com orgulho.
Dona Íris lembra com carinho dos tempos em que dividiu o palco com Ademilde Fonseca, a rainha do chorinho, mas revela que somente agora, aos 83 anos, alcançou o domínio vocal que sempre desejou. Além das aulas de canto, já se matriculou nos cursos de cavaquinho, teclado e violão, determinada a expandir ainda mais seu conhecimento musical.
Para ela, a música é um instrumento poderoso de transformação. “A música me deu muitas coisas boas, mas a maior de todas foi permitir que eu desse uma boa educação para os meus filhos. Aconselho todos a estudarem música, porque ela desperta emoções e traz alegria”, concluiu.
POLO DE MÚSICA DA FUNDEC INSPIRA MULHER DE 83 ANOS A VOLTAR A ESTUDARO Polo de Música Jornalista Ricardo Eugênio Boechat, da Fundec, localizado no bairro Doutor Laureano, em Duque de Caxias, é mais do que um espaço para aulas de canto e instrumentos: é um local transformador de histórias. Prova disso é a trajetória inspiradora de dona Isabel Íris Rocha de Paula, de 83 anos, que decidiu, com entusiasmo e determinação, retomar os estudos musicais para aperfeiçoar a técnica vocal que a acompanhou por toda a vida.
Moradora do bairro Senhor do Bonfim, dona Íris chegou a Duque de Caxias em 1955 e viu de perto a evolução da cidade, que hoje se destaca pelas melhorias em áreas essenciais, como saúde e educação. Viúva muito jovem, ela criou sozinha os três filhos, sempre prezando por oferecer a eles uma formação de qualidade. Em meio aos desafios, encontrou na música uma aliada e, mais tarde, uma profissão.
A trajetória de dona Íris nos palcos inclui participações em programas de auditório na televisão como caloura, apresentações com o grupo Forró Forrado, e uma longa temporada na Gafieira Estudantina, na Praça Tiradentes. Com ousadia e talento, cruzou caminhos com ícones da música brasileira como Cartola, Beto Sem Braço e Nelson Cavaquinho. Foi o próprio Cartola quem a incentivou a tirar a carteira da Ordem dos Músicos, honra que ela retribui iniciando seus shows com composições do mestre do samba.
Mesmo com toda essa bagagem, foi no Polo de Música da Fundec que ela viu sua arte ganhar nova vida. Com o professor Robson Lemos, aprendeu técnicas de respiração, leitura de partitura e sustentação vocal, o que fez toda a diferença em seu desempenho. “Quando eu cantava na noite, havia cinco cantores se revezando em cinco horas de música. A gente não cantava uma hora direto, mas sentia cansaço. Aqui no Polo, aprendi a técnica certa para não me cansar mais. Hoje canto o que quiser, da valsa ao chorinho”, afirmou com orgulho.
Dona Íris lembra com carinho dos tempos em que dividiu o palco com Ademilde Fonseca, a rainha do chorinho, mas revela que somente agora, aos 83 anos, alcançou o domínio vocal que sempre desejou. Além das aulas de canto, já se matriculou nos cursos de cavaquinho, teclado e violão, determinada a expandir ainda mais seu conhecimento musical.
Para ela, a música é um instrumento poderoso de transformação. “A música me deu muitas coisas boas, mas a maior de todas foi permitir que eu desse uma boa educação para os meus filhos. Aconselho todos a estudarem música, porque ela desperta emoções e traz alegria”, concluiu.